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Mudanças: Um depoimento referente a atuação em ser empreendedor x colaborador

Quando falamos da atuação em empreender, muitos consideram que tudo começa com um profissional que após uma experiência significativa no mercado, como colaborador, resolve abrir seu próprio negócio! Mas e se for o contrário? Eu vivenciei essa experiência!


Eu iniciei um empreendimento cedo! Um empresa que foi construída junto a outras pessoas! E a empresa ficou ativa por 08 anos!! Quando eu falo, muitos se surpreendem pelo fechamento dela depois de tanto tempo! Mas aconteceu!


Ainda lembro de como foi dolorido e sofrido esse momento! Um turbilhão de emoções no qual você precisa aceitar e olhar para eles para conseguir se reestruturar novamente! Lidar com sua dor, medo, insegurança e a sensação de fracasso! Acredito que como era pra mim, todos os empreendedores devem sentir um apego muito forte com sua empresa, afinal ela era nada mais do que eu! Então, você pode começar a pensar, eu falhei comigo mesmo??


Um conflito interno que precisamos ressignificar e passar a olhar esse período com outros olhos! Claro que para uma empresa fechar as portas, temos consciência que erros ocorreram como decisões, conflitos, gestão, falta de conhecimentos que hoje, olhando de fora, vejo o quanto eu podia ter feito diferente! Claro que agora minha maturidade é diferente de 05 anos atrás, quando ela foi fechada!


E naquele momento eu me vejo na posição de ir em busca de novos desafios, agora como colaboradora de empresa. Muitos perguntaram: porque não abriu nova empresa? Como você vai conseguir trabalhar para alguém depois de tanto tempo sendo você sua chefe? Eu também me perguntava isso, e sabia que algumas coisas teria que mudar!!


Mas esse questionamento era reforçado por recrutadores que colocavam essa autonomia como uma condição adversa, como se eu fosse "bater de frente" com meu gestor pelo simples fato de ter sido "chefe de mim mesma" como era colocado!


Na época eu vivenciei situações como essa, o que me deixava mais insegura, e pensava: será que a preocupação em ter uma pessoa mais madura e questionadora na sua equipe é mais importante do que o quanto ela pode contribuir e acrescentar com a bagagem que ela traz?


Ressalvo que são nossos eros e fracassos que fazem cada vez mais nos desenvolvermos e aprendemos!! E transformar isso em algo mais positivo e produtivo! Depois de um tempo levando muitos nãos do mercado, eu consegui me recolocar e perceber que não falhei comigo mesmo! Eu adquiri uma bagagem de experiência diferente porque sabemos que ficar a frente de uma empresa não é fácil!


E quanto a trabalhar para os outros, eu continuo não fazendo! Acreditem! Afinal eu trabalho em organizações e respondo para outras pessoas, mas estou trabalhando para mim mesma, porque estou fazendo o que gosto, contribuindo com aquilo que me proponho fazer e acima de tudo, fazendo a diferença na vida de outras pessoas. O meio que utilizo, apenas, é diferente!!


Agora eu olho para traz e agradeço pelo que aconteceu, porque vejo que:

  • Hoje nas empresas em que atuei e atuo, seja como CLT ou PJ, entendo de forma muito mais fácil as decisões tomadas;

  • Continuo trabalhando para mim mesma, mesmo que tenha que prestar contas ou nem sempre fazer as coisas como gostaria, mas estou trabalhando pra mim mesma já que faço o que gosto e me desafio sempre;

  • Tenho mais consciência de um funcionamento como um todo das organizações e a importância que o meu comportamento influencia e interfere na produção de outras pessoas e setores;

  • Eu uso minha experiência de "fracasso" como aprendizado e hoje ajudo outras pessoas a minimizarem possíveis erros que venham a cometer, seja como consultora ou através de atendimentos no consultório como psicóloga e coach;

  • Tive certeza do que gosto de fazer, poque ao fechar minha empresa, me mantive na área apesar de toda dificuldade que passei para "voltar ao mercado";

  • Tenho conhecimentos generalizados administrativos como financeiros e contábeis que hoje eu utilizo na minha área, mesmo sendo voltado ao treinamento, desenvolvimento ou educação!

E o que quero passar com essa mensagem são que nossas experiências são únicas! Não as menosprezem pelo fato de "fugir" da normalidade. Hoje continuo atuando em empresas, como prestadora de serviço ou colaboradora e continuo atuando pra mim mesma!


Adriana Kalil

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