O processo inicial de um relacionamento: a transição de solteiro(a) para comprometido(a).
Você já parou para pensar o porque dos relacionamentos hoje serem tão instáveis ou muitas vezes não darem certo? Será que eu estou preparado(a) para deixar de ser solteiro(a)?
Pensando na sociedade, vivemos numa vida tão independente e autônoma, cheia das instruções e regras: quanto a não depender de ninguém, do empoderamento, do individualismo e vamos adquirindo formas e mecanismos de como viver essa vida “sozinha/solteira” que nem percebemos os trejeitos ou condições criadas com o hábito, reação ou comportamento.
E o desejo e a vontade de ter alguém para compartilhar tudo isso existe, mas esquecemos que diante do outro precisamos abrir espaço para mudar a nós mesmos. Construir um novo relacionamento é difícil! E você precisa refletir sobre si mesmo(a). Afinal, você não está mais sozinho(a) para decidir apenas por si.
Só que, sem perceber, temos uma dificuldade de abrir mão desse funcionamento, ao menos parte dele, (o que faz parte do ser humano) porque não deixa de ser uma segurança emocional construída, ao longo da vida, e um controle de si mesmo diante desse cenário (novo relacionamento) que pode ser tão maravilhoso quanto ameaçador. Uma fonte de prazer e vida, mas também uma fonte de dores e medos. E muitas vezes ficamos sob controle desse medo, ou querendo evitar esse medo e dor. Comportamento e sentimento que, talvez, dificulte a formação e o real envolvimento em se relacionar.
Então repense, o que você pode mudar ou precisa flexibilizar, se quiser, para que essa construção casal/relacionamento aconteçam?
Nessa construção haverá dificuldades. A sinalização e pontuação com respeito, de um para o outro, para terem uma chance juntos, pode ‘doer’ inicialmente, mas, pratique a escuta e a reflexão para entender e aprender. Quebrar as manias da condição de solteiro(a) é difícil, porque traz segurança, por você já saber como se sente (às vezes mesmo você sentindo que é ruim, é um ruim conhecido que você já se adaptou) diante da nova condição incerta. Mas você pode escolher, porque viver “o seguro” também te impede de viver o lado bom das coisas. Lembrando que toda escolha tem seus prós e contras, e claro você abre mão de algo no processo, para conquistar outro algo. Olhe para o que você quer, sem deixar os medos te controlarem.
E se aceitar vivenciar essa história, esse desafio, lembre-se de agradecer e ressaltar suas mudanças ou evoluções. As mudanças não ocorrem pelo outro, mas é através do outro que você cresce e se desenvolve. Uma vez que você muda, dentro do seu auto respeito, independente do “dar certo ou não” esse aprendizado fica com você. Isso é evoluir.
Caso você se permita essa vivência de autoconhecimento e construção a dois, agradeça! Eu vivi e vivo esse processo, estou evoluindo e agradeço:
"Obrigada por, você ter me ensinado o que é uma vida a dois, depois de tanto tempo vivendo como solteira. Comportamentos antigos ainda aparecem, mas eu estou aprendendo".
"Obrigada por, você ter conseguido fazer eu olhar e analisar minhas características (como controlar por exemplo), e entender que é uma forma de segurança. E que eu também entendi que eu quero flexibilizar".
"Obrigada por, me tornar mais reflexiva quanto aos meus próprios atos".
"Obrigada por, me ensinar a pensar que as ações (como indivíduo) não afetam apenas a nós mesmos. Que a outra pessoa que está entrando na sua vida também sofre impactos diante das decisões ou escolhas".
"Obrigada por, me mostrar outras formas de demonstração de amor e carinho, que foge ao padrão, mas que é válido tanto quanto".
"Obrigada por, ainda estar na minha vida, pela insistência e paciência. E se caso decidir sair, ainda assim obrigada por me permitir evoluir com você! Nisso, você nunca será esquecido".
Isso prova o quanto as pessoas podem ser especiais. O sentimento forte nos ajuda a passar por esses tormentos. Estarmos juntos nos torna únicos.
No início o caminho de construção ainda é trilhado entre pedras e tropeços. E escorregões ainda acontecem. Mas cada vez mais essas pedras ficarão para trás. Outras talvez surgirão… e a ideia é pensar nelas quando acontecerem.
Seja tolerante!
Agradeça pela experiência.
Valide seus sentimentos e a si mesmo pensando na construção que você quer para a sua vida. E não apenas em evitar problemas, medos, dores... Se permita sentir e viver!
Pelo que você poderia agradecer? Ou sente essa dificuldade de se permitir, de relacionar-se?
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Adriana Kalil
Psicóloga e Coach
@adrikalilpsicóloga | Cel. (11) 97110-0887
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